A
alma humana é
como um
celeiro abençoado.
Quando
abastecida de
ensinos
superiores,
transforma-se
em manancial
de luz,
saciando a
fome de
consolação
da humanidade
sofredora.
Vazia,
porém, fica
sujeita à
poeira da inércia
e ao mofo do
desânimo.
Se
já reúnes as
sementes do
Evangelho em
tua alma, não
as guardes só
para ti.
Vai
ao mundo e
semeia,
semeia...
Ainda
que a ventania
da indiferença
as disperse
pelo espaço,
semeia,
semeia...
Mesmo
que a erosão
do egoísmo as
arraste para
longe semeia,
semeia...
Ainda
que o solo estéril
do desamor as
impeça de se
desenvolverem,
serneia,
semeia...
Onde
quer que
estejas e com
quem estejas,
semeia,
semeia...
Não
exijas, porém,
em tempo
algum, a
colheita farta
e rápida
porque, se
cada espécie
vegetal no
mundo obedece
ao ciclo próprio
de
desenvolvimento,
cada alma
humana também
tem o tempo
certo para
despertar e
sublimar-se.