Não
esperes um
convite
especial da
vida para
ajudar os
sofredores do
caminho.
Sem
fazer uso das
palavras, eles
expressam, nas
dores que
carregam, o
apelo ao teu
concurso
fraterno.
Há
quem chore em
silêncio,
trazendo, sob
o veludo da
riqueza,
chagas morais
que
desconheces.
Outros
enfrentam,
solitários, a
enfermidade
que lhes
castiga o
corpo,
enquanto
muitos se
debatem na
orfandade.
Não
estão longe
também
aqueles que,
sem teto nem
apoio, se
dariam por
felizes ao
receberem
simples pedaço
de pão.
É
provável,
ainda, que, no
próprio
agrupamento
familiar em
que te
encontras,
haja dilaceração
clamando pelo
bálsamo da
tua palavra.
São
todos irmãos
em humanidade.
Eles
não te pedem
soluções rápidas
para problemas
que carregam.
Imploram
apenas o teu
apoio, dentro
do clima
fraternal que
já consegues
apresentar.
Coloca-te
mentalmente no
lugar daqueles
que sofrem ao
teu redor e
concluirás
que um simples
ato de
solidariedade
te renovará a
alma,
fortalecendo-te
para
prosseguir na
jornada
redentora.
Naquela
tarde insquecível
em Jerusalém,
um certo
Cireneu foi
chamado pelos
guardas a
auxiliar o
Mestre que,
cambaleante e
abatido, mal
suportava o
peso da cruz
na escalada do
Calvário.
Não
esperes que a
vida te chame
a auxiliar os
que caminham
vergados pela
cruz que
carregam, nem
te limites à
massa
expectante
que, embora
tocada de
compaixão,
apenas assiste
à passagem
dos
sofredores.
Antecipa-te
a eles e o teu
gesto, espontâneo
e bom, os
felicitará, a
fim de que,
escalando o
calvário da
redenção,
encontrem a
paz na libertação
espiritual.